É certo que vivemos tempos difíceis e sem precedentes, mas ao contrário do que se possa pensar, o jogo online em Portugal respira saúde e seduz ainda mais operadores.
Segundo a opinião de muitos especialistas e analistas, o mercado do jogo online em Portugal exibe-se como bastante apetecível para muitos operadores. Mais ainda, acredita-se que Portugal tem ainda muito espaço para crescer nesta indústria, adivinhando-se um futuro risonho para a mesma.
No entanto, para os operadores já presentes em Portugal, a principal preocupação cinge-se com o facto de cerca de 50% do universo de jogadores online no nosso país ainda jogar em websites não licenciados e ilegais em Portugal. Os operadores licenciados queixam-se que tal prejudica gravemente o negócio visto que todo o seu investimento e concordância em cumprir todas as normas da regulamentação não são acompanhados por outros websites que desfrutam do mesmo universo de jogadores, sem ter de pagar impostos ou obter licenças, entrando furtivamente no mercado português.
Apesar da pandemia do Covid-19 (que continua a assolar o planeta), o terceiro trimestre do ano passado revelou um aumento bastante considerável em termos de volume de negócios e receitas para as empresas que operam em Portugal no jogo online. Tanto as apostas desportivas com o regresso da primeira liga de futebol, como o casino online com as suas largas centenas de slots online e blackjack online, marcaram o ritmo para o resto do ano com a maioria das operadoras a apresentar excelentes resultados.
Contudo, muitos dos administradores das maiores operadoras em Portugal mostram um real receio pelo contínuo aparecimento de operadores no mercado ilegal. Segundo os últimos dados, tal representa um pouco mais de metade da atividade no país (cerca de 55%), provocando algum desconforto entre administradores das empresas licenciadas. Por exemplo, Américo Loureiro, diretor de Solverde.pt afirmou: “é o concorrente mais perigoso do setor e, nesse sentido, deveriam ser implementadas medidas de combate eficaz a esses operadores ilegais”
Segundo os dados da APAJO, Associação Portuguesa de Apostas e Jogos Online, cerca de 45% dos jogadores nacionais já usam exclusivamente a oferta licenciada. Somente 5% escolhe os operadores não licenciados. Mas o maior problema é que desse universo, cerca de 50% detém contas tanto em operadores licenciados como em operadores ilegais.
Assim, muito se especula dentro da indústria, onde se fala na inércia do Estado em combater estes operadores ilegais, algo que deveria acontecer, visto que estes não pagam impostos, sendo o jogo ilegal uma ameaça para o jogador nacional.
Apresentam-se até já algumas soluções que podiam minimizar o aparecimento destes operadores como o exemplo de se restringir determinados métodos de pagamento. De qualquer modo, é possível concluir que o mercado português é sem dúvida tentador para muitos operadores, daí o surgimento desses mesmos operadores ilegais. A paixão dos portugueses pelo jogo online, seja ele apostas desportivas, ou casino online Portugal, é notória, tanto que os números têm apresentado valores crescentes mesmo em altura de pandemia. Com espaço para crescimento no nosso mercado e mais e mais operadores a quererem “dar cartas em Portugal”, resta saber como vão as autoridades competentes lidar com o contínuo aparecimento de operadores ilegais assim como as novas solicitações de licenças para operar em Portugal.
