Os jogadores Portugueses de casino e apostas desportivas diminuíram ligeiramente face aos números do ano passado, no entanto cada vez mais escolhem sites licenciados localmente.
A APAJO – Associação Portuguesa de Apostas e Jogo Online lançou recentemente os resultados de um estudo conduzido pela Aximage sobre os hábitos de jogo online dos Portugueses. Este estudo, levado a cabo em Agosto, envolveu 601 jogadores registados (501 do sexo masculino), a maior parte entre os 18 e os 34 anos de idade.
Os números revelaram que 82.9% dos participantes jogaram online no ano de 2020, face aos 93.6% do ano anterior. O número de apostadores Lusos que jogou apenas em casinos e sites de apostas online licnciadas em Portugal cresceu 1.2 pontos, para 45.2%, enquanto que aqueles que preferiram jogar em sites estrangeiros desceu para os 5.6% caíndo 0.4 pontos. O ranking dos que jogaram tanto em sites nacionais como estrangeiros teve também um queda, desta vez de 0.8 pontos, ficando ainda assim nos 49.2%.
A maioria dos participantes (92.8%) revelou que consegue distinguir os casinos online que têm licenças nacionais dos que não têm. Daqueles que jogaram exclusivamente em sites Portugueses, 71.5% fê-lo por razões de segurança, mais 7.5 pontos do que em 2019. Os maiores fatores de moticação para os que preferiram apostar em sites estrangeiros foram melhores odds e uma oferta mais vasta.
Quase metade – 49.4% – dos partipantes no estudo afirmou que o seu comportamento de jogo não sofreu qualquer tipo de alteração durante o período de confinamento devido à pandemia de Covid-19, enquanto que 10.6% admitiu que gastou mais dinheiro do que o costume e 3.6% conseguiu gastar menos. Outros 13.9% revelaram que, durante o confinamento, experimentaram outros produtos da indústria do jogo online, como slots online ou blackjack online, principalmente devido ao facto das competições desportivas terem sido canceladas e ter deixado de haver, assim, mercado de apostas.
Os números mais recentes do SRIJ -Serviço de Regulação e Inspeção de Jogos, o regulador do mercado Português, mostrou um crescimento sustentado no início do confinamento, apesar deste crescimento ter estagnado bastante em Junho.
O mercado de apostas desportivas do país é constantemente atacado devido aos impostos relativamente altos, enquanto que o valor cobrado em impostos de jogos de casino subiu este ano para 25%. Ainda assim, os valores não demoveram novos operadores de procurarem licenças emitidas pelo SRIJ – Serviço de Regulaão e Inspeção de Jogo, incluindo a SkillOnNet, última entidade a obter licença para o seu casino BacanaPlay, última entrada no mercado Português.
A luta dos casinos físicos
Entretanto, alguns membros da indústria dos casinos físicos em Portugal podem respirar de alívio em relação ao abrandamento de algumas das restrições impostas pela pandemia de Covid-19, que levaram ao encerramento total dos espaços em Março, para reabrirem apenas em Junho depois de impostas todas as medidas de segurança e higiene necessárias.
No entanto, em Setembro os casinos físicos viram-se obrigados a mudar o horário de funcionamento, passando a abrir a partir as 11:00, quando os casos diários no país voltaram a aumentar.
O Governo está, alegadamente, a considerar alargar o prazo das concessões dos casinos de Lisboa, Estoril e Figueira da Foz, que expiravam em 31 de Dezembro. Em linha com outras zonas de jogo Europeias, as licenças deverão ficar ativas até 2023, existindo depois um concurso público para a aquisição dos direitos dos mesmos.
Durante os primeiros nove meses de 2020, os 11 casinos Portugueses geraram apenas €122m de lucro, cerca de 48% a menos do que o mesmo período de 2019. O lucro dos casinos de Lisboa e do Estoril, ambos do Grupo Estoril-Sol, caíram mais de 50%.
Para além da extensão das licenças, o governo está também a ponderar modificar, alegadamente, o regime de pagamento de impostos dos casinos físicos.
